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Brincando e brincando

  • Por Marília Moreno
  • 2 de nov. de 2015
  • 2 min de leitura

Muito se fala e se investe para preparar nossas crianças para o mundo lá fora para que saibam se virar, tomar decisões e alcançar a tão sonhada independência.

Para isso, colocamos as crianças em diversos cursos cada vez mais cedo, procuramos as melhores escolas, somos agraciados pelo mercado pelas mais diversas oportunidades de estudar línguas e para o vestibular. A agenda das crianças está tão lotada quanto as nossas.


Imagem: http://www.birthdaywishes.expert/famous-quotes-images-part-6/


Mas se pararmos para pensar sobre o que mais gostávamos e mais sentimos falta da nossa infância, certamente a resposta será as brincadeiras. As férias de tardes longas, as ruas e calçadas cheias de risos, bicicletas, corridas, bolas e jogos, aquela deliciosa sensação de liberdade.


Imagem: http://v-afrique.tumblr.com/


Na brincadeira a criança aprende tudo de mais importante que é preciso para viver em sociedade: trabalho em grupo, respeito ao próximo, disposição física, regras e responsabilidade, ganhar e perder, lidar com as frustrações, fazer acontecer, estar de bom humor e o mais importante de tudo, reconhecer os laços de amizade. Tudo tão importante quanto o conhecimento recebido na escola e nesses tantos cursos preparatórios para a vida.


Infelizmente, nas grandes cidades, esse espaço e tempo para a brincadeira está cada vez mais escasso. A rua está cheia de carros, todos trabalham em tempo integral e já não se pode correr dentro das escolas. Estamos confinados aos apartamentos de muitas televisões, celulares e jogos virtuais que não necessitam mais da companhia do outro. Nossa diversão está muito solitária e com essa solidão, cresce a dificuldade de integração. Toda aquela beleza das férias com os amigos, das brincadeiras e da vida em grupo parece coisa do passado.


Imagem: http://ninhodasborboletas.blogspot.com.br/2013/06/a-felicidade-e-um-jeito-de-viver.html


Mas nada está perdido. Não estamos criando crianças melhores nem piores das que fomos. Ter uma sociedade de filhos únicos não precisa ser necessariamente uma sociedade de crianças solitárias. Para que isso não aconteça, cada vez mais as famílias têm frequentado os parques da cidade, criado grupos de mães, pais e crianças que se propõe a encontros semanais para que todos possas desfrutar dessa alegria que é brincar junto com o outro. Algumas escolas têm abolido o sistema tradicional de ensino e re-estruturado todo o aprendizado a partir da vontade do estudante, escolas de brincar para aprender e aprender pelo brincar e até educação sem escolas. De tudo se pode fazer quando se está junto com o outro.


Imagem: http://westvianorthsoutheast.tumblr.com/post/59434592717


A cidade pode estar um pouco cinza, mas se colocarmos esse colorido da brincadeira de volta na roda, quem sabe ela se torne menos desbotada e mais preparada para acolher aqueles que preparamos para o mundo.


Aqui você tem alguns sites de referência sobre este texto:


- Tarja Branca - é um documentário da Maria Farinha Filmes, que fala do brincar e do lúdico na cultura popular, Vale muito a pena ver!!!;

- Projeto Âncora - Associação Civil de Assistência Social regida pelo Estatuto Social.

Esperamos que você possa brincar bastante com as crianças que estão perto de você.

Grande abraço,

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